segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Reverência

Que fazer se já não há prazer
Se vira obrigação
E não lazer
Se vem tudo por escrito
Qual avaliação com gabarito

A Obrigação da reverência
Sem nenhuma deferência

Deus salve a rainha
Só dar de acordo
Ou dar ciência

Buscar o alvorecer no companheirismo
Cumprir o dever com idealismo
Suportar o que irrita
Com gelado chopp
E batata frita


Publicado originalmente em: Antologia de poetas CEU-Aricanduva. São Paulo: 2004, 25p.

4 comentários:

  1. Me parece fruto de um dia cansativo de trabalho.rs. Foi isso? A inspiração pode vir de qualquer lugar, só não pode ser capturada. Ela vem quando quer.

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  2. Não um dia cansativo de trabalho, mas uma jornada cansativa de desilusões no trabalho.

    Sim, e quando não se aproveita no momento que vem ela bate asas e fugidia que é tarda a retornar, e ainda que retorne vem de outra forma e com intensidade tão diversa que o que tinha trazido na primeira carga já se perdeu para sempre.

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  3. Tão bem escritos quto as postagens, são os comentários que vejo aqui .
    Realmente a monotonia é um verme que destrói a alma!
    Muitas vezes temos que asfixiar ideias que achamos que dariam bons frutos, por conta de normas, muitas vezes ultrapassadas. Mas que deverão ser seguidas a risca para não sair do controle dos que comandam.
    É...liberdade significa responsabilidade. É por isso que tanta gente tem medo dela.

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  4. Ainda temos o chopp gelado e a batata frita. E vida de gado. Esta esrita me fez refletir....... Quando que gostamos de fazer vira obrigação e assim e a Educação. Não esta longe do que escreveu. Bons ventos companheiro, bom dia. Carminha

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