quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Rapidinho

Tiramos sapatos
Tomamos vinho

É fato
Você abre os braços
Já não há espinho

Só aconchego
Por isso vou
Já chego
No teu corpo

Meu ninho.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Coleções de revistas científicas – intercâmbios




Apresentado no XXIII CBBD - Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação, Bonito, MS - 5 a 8 de julho de 2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Três brasileiros levam o sétimo Prêmio Portugal Telecom de Literatura.


"Se somos do tamanho do que vemos, os países são em boa medida do tamanho da sua cultura e do seu alcance no mundo – a cultura literária em língua portuguesa mostra que está mais viva que nunca e que é uma bandeira dos laços que historicamente unem os 250 milhões falantes do português no mundo". - Zeinal Abedin Mohamed Bava - Presidente executivo da Portugal Telecom em discurso na noite da premiação.

Três brasileiros saíram vencedores na sétima edição do prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa. A cerimônia de premiação teve lugar no Espaço Fasano, no Itaim-Bibi, em São Paulo, na noite de terça, dia 10 de novembro. Enquanto quase metade do país estava às escuras, a festa de premiação seguiu noite a dentro, em um jantar e degustação de queijos e vinhos. Dos dez livros finalistas ao prêmio, oito romances, um livro de contos e um de poesia concorriam aos prêmios, que contempla três vencedores: R$ 100 mil para o primeiro colocado, R$ 35 mil para o segundo e R$ 15 mil para o terceiro.

Nuno Ramos - Nuno Álvares Pessoa de Almeida Ramos -, autor do livro "Ó" (Iluminuras, 289 páginas, R$ 44,00), é o vencedor da edição de 2009 do Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa. O escritor brasileiro é também artista plástico e já dirigiu três curtas-metragens. Segundo Ramos: “Funciono por hibridismo em tudo o que faço como artista plástico ou escritor. Em 'Ó' o passo inicial era o ensaio. Mas a incapacidade de ficar em um gênero só cria uma certa estranheza, uma incompatibilidade que são interessantes.”

Em conferência de imprensa, Ramos declarou que recebeu o prêmio com surpresa e afirmou que, "com a maior sinceridade, tinha a certeza de que não ia ganhá-lo".

João Gilberto Noll, autor de "Acenos e Afagos" (Record, 208 páginas, R$ 32,00), ficou com segundo lugar. Seu romance é uma epopéia dos sentidos, comandada pela fúria do corpo. É a história de um homem que abandona uma vida monótona para buscar sua verdadeira identidade e suas paixões. Representado por sua editora Luciana Villas-Boas, o autor gaúcho não compareceu à premiação por querer evitar a ansiedade.

Em terceiro lugar, Lourenço Mutarelli, autor de "A Arte de Produzir Causa sem Efeito" (Companhia das Letras, 216 páginas R$ 39,50), , mostra a relação entre pai e filho em uma realidade que se distorce. Mutarelli arrancou risos da platéia com o comentário: “Venho de uma família complicada, mas queria fazer uma ressalva: minha mulher é um anjo.” Como gosta de retratar a família em suas obras, para o autor 80% do que escreve está inspirado na sua infância. Ainda observou: “O mundo está cada vez mais careta. - Toda a hora que vou fumar tenho que ir lá fora. Ainda bem que não vim de minissaia [referência à estudante Geisy Arruda, aluna da UNIBAN, hostilizada por usar um vestido curto na faculdade]. O mundo é estranho. Mas o que acho mais estranho é que o mundo vem aceitando minhas obras" - concluiu.

A entrega de prêmios contou com a presença do secretário municipal de Cultura de São Paulo, Carlos Augusto Calil, do presidente da Portugal Telecom, Zeinal Bava, o presidente da Portugal Telecom Brasil, Shakhaf Wine, e o vice-presidente da Portugal Telecom Brasil, Abílio Martins.

O Júri final da premiação foi composto por: Antonio Carlos Secchin, Beatriz Resende, Benjamin Abdala Júnior, Leyla Perrone-Moisés, Regina Ziberman e Sérgio Sá, além dos curadores: Flora Sussekind, José Castello, Maria Lúcia Dal Farra e Selma Caetano.

Foto: Nuno Ramos - foto: Djair

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Coisas de meu pai...


Meu pai, muito raramente comia arroz, sempre a preferir massas.
E ai se a carne fosse cozida, ao olhar dele isso é " comida de mulher preguiçosa".
Lembro-me pequeno, que várias vezes meu pai sempre que queria mostrar descontentamento, fazia pirraça, pior que criança, pior que eu... Chegava a hora do almoço, e minha mãe, tendo se esmerado ao fogão, ele deixava a comida de lado, pegava duas ou três laranjas, descascava-as, cortava-as em rodela, colocava pimenta em cima, e as comia. Ficávamos todos preocupados, embora eu não entendesse muito bem o que se passava (bem dizem que crianças e cães sempre acham que fizeram algo errado, quando alguém se mostra descontente).
Certa vez, ao indagarmos o porquê daquilo, ele de pronto disse: “Boca que não merece beijo, pimenta nela!” E todos rimos muito. 

Foto: Djair - Meu Pai - Olavo de Souza

quarta-feira, 4 de novembro de 2009