segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Dislexia

 Dizem que para um bom entendedor, um ponto e um risco é Francisco. Eu, que nem nesse santo sou chegado, de tanto que lhe esparramaram o nome por tanto agregado esse mundo e que em nada tem com ele a ver, nunca o fui.

Do ponto, só sei que oferece risco.

Já confundi muito sorriso com amizade, já acreditei que tanta gente era o melhor amigo ou amiga.

Só faltei confundir isso com dor na bexiga, quando era ainda menos que isso.

Já pensei que amizade se pagava com respeito.

Já acreditei que amizade era favor.

Já emprestei dinheiro a gente que nem precisava, tipo o Russo, que “achava que era prova de amizade se alguém levasse embora até o que eu não tinha”... E assim fui roubado, enquanto era abraçado, muitas vezes.

Se pra bom entendedor, meia palavra basta, nem bom leitor eu sou, pois muitas vezes não compreendo frases inteiras, orações, parágrafos, capítulos... Ai de mim que não domino essa arte. Talvez por isso, o enfarte.

Não compreendo a vida, essa a que tanta gente se apega, por mais inútil e vazia que seja. Que medo é esse? Morrer? Por que não, se é inevitável? Oh morte, sê bem-vinda.  Quem sabe não seja ela a professora que vai ensinar que Francisco não passa de um ponto, no máximo um risco.

 

10 comentários:

  1. gostei da confissão e me identifico :)

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  2. Todo mundo se engana,todo mundo se ilude... faz parte do aprendizado da vida... estranho né? Bjss

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  3. Pois é... mesmo eu já tendo passado pelo ponto de inflexão dessa nossa curva, ainda me iludindo rsrsrs

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    1. É anônimo, sempre estamos a iludir-nos. Iduzida ou voluntariamente.

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