terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Em briga de marido e mulher, contam-se os pontos do ibope!

Todos nós, ali da roda mais próxima, sabíamos que o casamento daqueles dois, outrora pombos arrulhadores, não ia bem; as pequenas grosserias cotidianas já se faziam notar a muito fora da alcova. Talvez dentro dela ocorressem carinhos na mesma intensidade, como vai se saber afinal dos mistérios dos laços matrimoniais que insistem alguns em manter, mesmo todos sabendo que dos laços só sobraram nós e emaranhados de difíceis alinhavares.

Nunca se chegou a ouvir como em um outro caso famoso um: “_Cala-te estupor!”, dito em alto brado retumbante, durante as festas e reuniões, mas o fato é que tempos depois chegavam à boca pequena os comentários sobre as pequenas agressões já não apenas verbais que trocavam. Isto, para a estupefação de uns, lágrimas de poucos e alegria de outros, pois tem gente que só é feliz quando sabe que o outro está pior que ele. Mas isso é assunto para outro texto a versar sobre as desgraças humanas. Voltemos ao casal que a essas alturas o marido já deixava nela marcas arroxeadas.


Reza a lenda, e quem sou eu para desmentir a lenda, já que todas elas contém fundos de verdade?, que àquela noite, ele que ocupava um posto de liderança no partido político, depois de se acalmar à custa de safonões bem dados naquela que jurou diante de um altar amar na doença e na saúde, na riqueza e na pobreza, veio a ela já arrumado e decretou que ela ficasse lá esperando porque ele ia na reunião do partido para decidir sobre as comemorações do Dia da Mulher.

O tempo passou e com ele veio finalmente a separação que todos achávamos que já tinha passado da hora.

O ápice do comentário geral foi ela tê-lo levado a um programa popular que levava o nome da apresentadora e que foi famoso pelas baixarias familiares que ali eram exibidas em praça pública, via satélite, ao vivo e a cores. O mote do dia, se o espírito não me mente e a verdade não me falha como diz minha mãe, era: Ele me agrediu!

Mas o tempo, ah, o tempo passa, o tempo voa, e a poupança bamerindus faliu! E assim chegamos a mais um ano eleitoral no qual ele concorria sorridente ao cargo de vereador. Ao lado da nova esposa fazia poses sorridentes, discursos de bom mocismo e nunca antes fôra tão cortês, gentil e educado. Ela? A primeira esposa? Bem... Fazia feroz campanha a favor da legislatura do ex-marido.

Afinal concordamos todos: ela queria uma pensão maior!


Foto: Djair - mulheres

4 comentários:

  1. Muito bom e divertido, como sempre.

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  2. Djair, seu texto chama a atenção para um assunto muito relevante.
    Mulher não gosta de apanhar, mas às vezes suporta isso se for por necessidade ou interesse financeiro, por medo ou por achar que deve manter o casamento em benefício dos filhos.
    Se alguém souber de violência contra mulher, idoso ou criança, deve denunciar à Polícia, para o DISQUE DENÚNCIA em todo o Brasil.
    Disque 180 para violência contra mulher.
    Disque 100 para violência contra criança, adolescente, idoso e portador de deficiência.
    Luiz Otávio de Lima Pereira

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