sábado, 8 de maio de 2021

Bum!


 

O estouro do tiro

O sangue jorra como o champanhe

Na explosão da rolha

Os gritos não são de viva! - Nem de vida.

 

Os homens vibram.

Viva a morte!

Salve o extermínio de grupos  -  que não  os seus.

Quem são os vivos?

Quem são os bandidos?

Vacinas, vítimas, vaticínios, chacinas

A roleta da vida não é russa

Preto. 17!

Vermelho... Sangue

 Desta vez,

23, 25, 28...

 

Os doces têm alvo certo

Nada é perdido,

Nesse casino

Bala  entregue no destino.


12 comentários:

  1. Uma maneira sacastica de impor a verdade, quase como um grito ecoando em ouvidos não abertos por vontade própria . Mas uma vez , admiro suas lógicas. Parabéns

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  2. Oi Djair, esse poema é bem forte!
    Muito bem construído, com muita lógica e acutilante como um abraço ao inimigo. Parabéns. Abração meu amigo.

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  3. Afiado, cortante e enxuto! Parabéns querido.

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  4. Afiado, cortante e enxuto! Parabéns querido.

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  5. Afiado, cortante e enxuto! Parabéns querido.

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  6. Djair, sua poesia é um golpe na indiferença e banalização da violência, da morte, da dor. Clamor de Justiça e Resistência!!!

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  7. Djair, expressar a dor e indignação é um golpe na indiferença e na banalização, da dor, da morte e injustiça. Valeu querido!

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  8. Bela e acida poesia. Mandou bem demais, poeta.

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  9. O destino é sempre certo. Doença, morte e até "acidentes" como o desabamento de hoje numa área controlada pela milícia no Rio. O destino é o pobre e o preto. Bem vindo de volta e desculpe a demora. bjs

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