E então, numa dessas curvas, que o destino faz ao chegar nas
esquinas do tempo e do espaço, você dá de cara – e quase tropeça
– com pessoas que chegou a ter algum contato num tempo não tão
distante - já que a memória condensa os capítulos da vida e no
vale a pena ver de novo mnemônico as cores são nítidas e as vozes
não tremulam - , mas que pela variedade de situações vividas já é
ancestral, e se dá conta que os playboys do seu tempo de
juventude caíram e rolaram na lama de seus próprios atos e
escolhas, chafurdaram em obscenidades sociais e tornaram-se sombras
tão difusas do que foram um dia, que fazem lembrar a canção...
“Quem não os conhece não pode mais ver pra crer, quem jamais os
esquece não pode reconhecer.¹”
E assim você se sente agradecido pelo que não teve, por ter sido o
forjador de si mesmo, malhado a trabalho, decepções e sonhos, e por
ter optado pela retidão, mesmo se o caminho era tortuoso e os
atalhos atraíssem com promessas de caminhos sombreados e flores.
¹ – Conceição
– Composição de Composição
de Dunga e Jair Amorim. Imortalizada na
voz de Cauby Peixoto
Foto: Djair - Nuvens, no céu do Brasil
Pois é! Tive a sorte de trabalhar cedo, usar meu tempo livre para estudar (um pouco), ler (muito) e ser útil. Sempre tive em mente de que eu tinha de ser útil a sociedade, caso contrário minha existência seria inútil. Pois é, eu não estava errado! Ainda bem! !!!!
ResponderExcluirIsso mesmo Antonio, parabéns pelo que és!
ExcluirO tal do livre arbítrio...Somos escritores de nossa história...autores do nosso destino...
ResponderExcluirBeijão,Dja!Dani.