E aí, que é uma
daquelas madrugadas em que você acorda insone, e com uma música na
cabeça, daquelas renitentes, e que não consegue tirar, vai ao
banheiro, volta à cama, levanta e vai fazer um chá, e ela ali, a
voz da cantora, o mesmo refrão que persiste, insiste, resiste num
looping progressivo, repetitivo, exaustivo... Ainda bem, que desta
vez, pelo menos a voz e a música são boas: Vanessa da Mata.
“Ainda
bem” é o nome da música, “Ainda bem.
Que você vive comigo.
Porque senão.
Como seria esta vida?
Sei lá, sei lá..” Pronto, passei o vírus
pra você não foi? Um grande amigo sempre que falo que estou com uma
música na cabeça se apressa sempre em dizer: “_Então
não canta, senão passa pra minha cabeça.”
Às vezes não dá pra
resistir...
Mas
o grande problema é quando a música é ruim, daquelas que você nem
gosta, nem da música, do cantor ou do estilo, mas acaba por ouvir
como trilha de um filme, seriado, novela, ou porque insistem em tocar
na rádio ou algum boçal passa tocando em toda altura no carro, e
pronto, você está contaminado.
Com
o tempo percebi que só há uma solução: cantarolar uma música
boa, a fim de ir matando, substituindo lentamente o vírus auditivo
da outra; em geral, quando percebo estar assim infectado, e graças
aos céus tem sido cada dia menos vezes, começo a cantarolar “Gota
d'água” do Chico. “E qualquer desatenção, faça não...”
Dia
desses, um conhecido me falava que está sempre com uma música na
cabeça mas que isso era normal uma vez que várias pessoas
comentavam com ele que também a tinham, não falei do meu caso,
visto que é normal também (risos). E elas realmente estão sempre
ali, me acompanham, como se uma trilha sonora estivesse a tocar por
meus caminhos. Se for ao Rio de Janeiro, por exemplo, a trilha será
sempre Marina, que antes de ser Lima era sempre a trilha sonora da
cidade e está impregnada por toda a paisagem da zona daquele (bem)
amarrotado, mas ainda belo, cartão postal.
E
assim como ela, músicas que falam sobre lugares, cidades, praias,
estradas, rios, vão fazendo fundo ao passar por eles, à sua simples
menção, e assim se perpetuam, sendo muitas nas vozes de meu pai,
que cantava, de minha mãe, tias e amigos que as cantarolavam.
Se
Glauber tinha sempre uma ideia na cabeça, eu que não as tenho assim
tão geniais, estou sempre com algum pensamento e não entendo quando
uma pessoa diz que não estava pensando em nada. É possível? Bem,
se não estou a pensar em nada, estou com uma música na cabeça, e
então... estava sim a pensar. A cantar mentalmente, canto, logo
sinto.
Olá Djair, sou eu, depois de um tempinho voltei!!
ResponderExcluirTudo bem contigo?
E cheguei na minha música preferida, que já ficou por muito tempo nos meus ouvidos ...
Nossa, como essa canção pega, nos embriaga, nos eleva e não sai da cabeça nunca, nunquinha mais..rsrs
Vanessa da Mata tem outras canções assim também: arrebatadoras que chegam e não saem mais da cabeça...
Você pode fazer de tudo para tirar ela dos pensamentos, mas em um pequeno toque: PRONTO- Ela volta com toda a sua força!! rsrs
Atualmente, a canção que não sai da minha cabeça é da Zélia Duncan- Breve Canção de Sonho-
Nossa amigo.. ela também tem o condão de grudar igual a chiclete nos ouvidos...rsrs
Adorei o seu texto!! Combinou demais comigo!!
Beijos e um ótimo restinho de semana!
Ótimo texto! Parabêns! Luiz otavio Pereira
ResponderExcluirNossa que bom pra sua saúde mental que foi a Vanessa da Mata!!!rsrsrs Porque quando gruda alguma canção que causa espasmos,não há mente que aguente!!Mas é algo incrível né?Como se a nossa mente abrisse a seleção de músicas arquivadas e achasse uma do nada!!
ResponderExcluirAdorei o texto!!Abraço!!!
Blog:desabadevaneios.blogspot.com.br
Desde ontem, qdo cheguei no aeroporto, de volta pra casa, estou com a música da Vânia Bastos na cabeça:
ResponderExcluir"na Paulista os faróis já vão abrir,
e um milhão de estrelas prontas pra invadir,
os jardins onde a gente aqueceu uma paixão...". E a cantarolei ao atravessar a São Luís, chegando de volta à rotina. E que bênção ser essa a música... Amenizou o dia de trabalho.