Nas
redes, os posers são ainda mais inconsistentes que os fakes.
Esses
últimos assumem uma personagem, uma personalidade ficticía, a qual
copiam e adéquam seus reais sentimentos, cultura, ou estereótipos
próximos àquilo que eles mesmos desenvolvem em si. Mas em grande
parte das vezes sem assumir um papel realista, e aí falo daqueles
que, óbvio, deixam claro ser um “fake”. O nome, a foto ou
desenho usado como avatar já deixa isso legendado em seu personagem.
Criam um perfil e ali já se declaram ser uma personagem. Muitas
vezes, para dizer aquilo que desejariam falar às claras mas por
fatores socioculturais não se permitem.
Os
posers por sua vez, postam fotos em poses estudadas, junto a
carrões que não lhes pertence, postando guitarras e violões sem
saber tocá-los, o que não é crime algum, mas não seria legal se
deixassem claro ser isso apenas uma curtição? Não! Se levam a
sério, se dão grande importância. Com suas filosofias de almanaque
acham-se Platões. Não leem notícias, apenas as manchetes e a
partir daí tiram conclusões e opiniões que defenderão
irracionalmente. Não é apenas um ego inflamado ou um id
condescendente. É mais que isso. Condenam ao sétimo círculo do
inferno – aquele que Dante destina aos hereges e aos que pecaram
contra a castidade - . Afinal, questionar-lhes, quem tem esse
direito?
Pergunto-me
muitas vezes se na calda da noite repensam seus dias, seus dizeres,
seus prazeres… Ou se ao contrário, dormem tranquilos e ronronam
com suavidade, felizes com seus fazeres.
Ninguém
é tão bom quanto ele, e a necessidade de mostrar isso o faz
monopolizar os diálogos. Adler quando fala do complexo de
inferioridade e sua exacerbação deixa claro o porque.
Mas
não o temos todos nós, em maior ou menor grau?
Não
há conclusões, são apenas impressões.
Foto: Djair - Imagem de uma amiga com quem conversava sobre estas questões, e que a cedeu para ilustração do texto.
Por essas e outras desativei a minha (vida social). Isso quando não brigam em defesa dos seus políticos e partidos de estimação, quando defendem ideologia, que nada mais é que sustentar bordão da vez. Posers, fakes e outras personas já não me descem mais. Prefiro ficar nos blogs hoje em dia.
ResponderExcluirGrande Abraço Djair.
Grande Barratta, também cheguei a sair das redes por um tempo, encheu-me o grande FlaXFlu em que se tornou a política nacional à época. Porém como haviam pessoas caras com que o único contato era ali, acabei por voltar. Enfim, continuo cansado de gente que "Não muda quando é lua cheia".
ResponderExcluirAbração
Obrigada pela atualização. São tantas e novas nomenclaturas, que sempre me perco. Também me dá náusea esse novo ser/estar que as redes permitem. E as psicoses, neuroses e toda sorte de maluquices exibidas sem filtro nesse novo mundo indigesto. Entretanto, precisamos estar próximos dessa nova realidade virtual, ainda que minimamente, porque é o que temos para hoje e amanhã. Essa ambiência virtual veio para ficar e é preciso domesticá-la, antes que sejamos devorados.
ResponderExcluirDébora, infelizmente já não há mais tempo para domesticar... No mais nós é que que vamos criando os meios, cada um a seu modo, para melhor sobreviver a isso.
ExcluirConheço muitos fakers, poser e torcedores do Fla X Flu. Me mantenho na rede, pois são tão ridículos que os acho cômicos!
ResponderExcluirTragicômicos Antônio, tragicômicos...
ExcluirGosto do texto mas não tenho vivência com os personagens mencionados. No fundo, me parece que todos estão à procura dos 15 minutos de glória. Mas pensando bem, hoje, com a internet, os 15 minutos podem ser eternos, não é mesmo? A qualquer momento, hoje, daqui a dez anos, a pose vai estar lá e sempre haverá quem a veja.
ResponderExcluirJair