São
tantos os “centro do mundo”, que não quero ser vento, para não
ter que virar redemoinho, girando-lhes ao redor do umbigo.
São
tantos os “centro do mundo”, que não quero ser mar, fazendo
ondas para lamber-lhes os pés.
São
tantos os “centro do mundo”, que não serei floresta que pode
florescer e frutificar, apenas nas estações que escolhem.
São
tantos os “centro do mundo”, que não desejo ser nuvem, fazendo
sombra onde creem ser sol. Deixo que brilhem.
São
tantos os “centro do mundo”, que não quero ser rio, levando mais
vaidade onde são um oceano.
São
tantos os “centro do mundo”, que eu, centro de meu mundo, cada
vez mais, sou um deserto de sal, onde nada prospera. Esquecido,
inóspito, e distante.
Foto: Internet - Luís XIV - Auto-proclamado: O Rei Sol Quadro de Hyacinthe Rigaud, 1701. - Luís XIV, absolutista, colocou a França em quatro guerras.
Como sempre matou a pau meu irmãozinho. Um super abraço
ResponderExcluirObrigado querido, valeu pela leitura! Grande abraço.
ExcluirSão tantos os "centro do mundo". Sim. E fazemos parte desse centro ou estamos no arco externo? Alimentamos esses centros? Sei lá. Sei que quando me vejo no centro, saio pela tangente . Se noto que alimento esse centro, giro no sentido anti horário! Mas, de modo geral, deixo que ele mesmo se engula!
ResponderExcluir