Uns viajam o mundo, relaxando nos confortos da primeira classe, enquanto
tantos vivem em sarjetas e marquises disputadas os palmos, a tapas...
Uns fumam havanas e cachimbos
esculpidos em madeiras nobres, outros catam bitucas de cigarro às beiras das
calçadas e fumam crack em latas de alumínio idem.
Uns sonham com grifes finas e
enormes brilhantes, luxos que enchem os olhos, outros com um bom bife e um
refrigerante, luxos que enchem barriga.
Perdulários e pedintes, Pin-ups e
Piriguetes, o podre de rico e o que apodrece. Sem sonhos, sem justiça, sem
chance.
Foto - Djair - Ruínas de templo romano em Évora - Portugal.
É a vida...
ResponderExcluirAh, gostei... Meio panfletário, é certo, mas por que não ser?
ResponderExcluirLembro sempre de João Cabral: só na morte é que o pobre encontra "a parte que lhe cabe neste latifúndio" e olha lá (lembro o caso Zezinho de querer esvaziar a tumba da Dinha e do próprio pai para vender o lote). E lembro também do comentário sarcástico do Machado de Assis: há os que têm muitos jantares e pouco apetite e os que têm muito apetite e poucos jantares.
Vivemos em uma sociedade mórbida,controversa.Tão desigual,tão injusta,tão conflituosa..
ResponderExcluirA podridão da alma,realmente,é mais sórdida,cruel e mal cheirosa do que a podridão da matéria.Sim!Há um mal cheiro exalando em nosso meio.
Texto para refletir..
Beijão,Djair!Dani.
Uma verdade é que todos um dia morreremos...
ResponderExcluirUns morrem mais cedo, outros mais tarde.
Às vezes, aquele que nos faz sentir falta vão mais cedo e, aquele que não nos faz nenhuma falta, vive igual uma tartaruga dos Galápagos.
Mas vivendo bem ou não tão bem, possuíndo o que quer ou não tendo nada, o MELHOR é perceber e poder olhar para os lados e ver a insignificância do homem: a morte chega a todos.
A vaquinha ou a galinha chora diante da morte. Ela percebem o dia em que irá morrer. O dia em que o caminhão virá buscá-la para uma viagem sem retorno ao matadouro.
O homem, ser superior, não chora! Ri, come, bebe e se diverte... Vive um dia após o outro como cegos... como um 'animal'.
Onde está a saída?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDá para fazer uma música! Estilo Punk Rock! Dualidades...
ResponderExcluirBom demais o texto. Ainda mais neste mês, que as pessoas só pensam em comer e lotar lojas e dizem tem que ser assim. Verdadeira oração.
ResponderExcluirMe fez lembrar da exumação de minha mãe. Quando enterra já agenda o mês para retirar. Do jeito que tiver desocupa. Obrigada pelo texto.
Carminha
Todos teremos o mesmo destino seje pobre ou rico, iremos para debaixo da terra sermos comidos pelos vermes.
ResponderExcluirbjs
Rita
Lembrei-me disso...
ResponderExcluirEsta cova em que estás com palmos medida
É a conta menor que tiraste em vida
É a conta menor que tiraste em vida
É de bom tamanho nem largo nem fundo
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a parte que te cabe deste latifúndio
Não é cova grande, é cova medida
É a terra que querias ver dividida
É a terra que querias ver dividida
É uma cova grande pra teu pouco defunto
Mas estarás mais ancho que estavas no mundo
estarás mais ancho que estavas no mundo
É uma cova grande pra teu defunto parco
Porém mais que no mundo te sentirás largo
Porém mais que no mundo te sentirás largo
É uma cova grande pra tua carne pouca
Mas a terra dada, não se abre a boca
É a conta menor que tiraste em vida
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a terra que querias ver dividida
Estarás mais ancho que estavas no mundo
Mas a terra dada, não se abre a boca.
Beijos, querido!
Bicho, depois que morremos é a mesma coisa pra todos. Apodreceremos ou seremos queimados do mesmo jeito. Eu estou, sempre estive na categoria (outros). Bela postagem, mas minha mama ta me chamando pra almoçar, depois comento mais.
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