Bem, semana passada não houve texto novo no blog, o que foi
um alívio pra quem não suporta ver minhas chamadas nas redes, se bem que estes
já devem ter ocultado minhas atualizações, assim como eu oculto as dos
futebolistas exagerados: vão amar seu
time bem longe de mim. Que todos os times percam.
Nunca tive
paciência, a não ser é claro de ver no estádio; ia com meu pai ao Morumbi, aí
sim era um festa: o passeio, os lanche e até as comemorações onde todos na
numerada se confraternizavam num abraço único. Meu tio, além de ir ver ao vivo
levava radinho de pilha com fone de ouvido para ouvir a narração sei lá de qual
narrador, só sei que não é o famoso chato atual ao qual a torcida já ergueu
cartaz que lhe mandava calar a boca.
Íamos a
mais das vezes uniformizados, isto antes de rebelar-me e passar a torcer para
outro time. Lembro de meu pai a argumentar uma vez que “todos” os filhos
torciam para o time do pai, o que rebati perguntando então porque ele não
torcia para o time do vô. Reinou o silêncio e nunca mais se tocou no assunto.
E era
daquilo, a força da profissão de meu pai, à época, mudamos de cidade e estado
algumas vezes, e lá vinha a dúvida: para
que time torcer ali? Lógico que ai sim, a mais das vezes, meu irmão, e eu, torcíamos pra o mesmo time. Opa, menos eu, que
os escolhia pela cor da camisa, a que mais gostava, ou por ser o time opositor,
quando enchia muito o saco contando as vantagens desse time - melhor que tudo
no mundo. Sim, lá pelos 8-9 anos eu já tinha aversão a fanfarronices e
exibicionismos desnecessários. Não gosto de gente mais metida que eu!
Também
íamos ver meu pai jogar no campo do time do bairro, onde jogou até trincar 3
costelas, sendo esse o fim de sua vida de artilheiro. Mas antes disto era um
dos mais animados; meu tio Lourival, aquele mesmo do radinho de pilha, era
então o diretor, logo, o mantenedor do clube, Ponte Preta de Cezídia, que tinha
esse nome por conta de uma enorme ponte que atravessa o Rio Ziza, que nasce em
Cezídia e serpenteia até cair no mar. Mas essa ponte que dava nome ao time
ficava quase na lateral do campo, tornando a paisagem agradabilíssima, juntando
o gramado, o rio e a antiga ponte de ferro. Sempre havia espectadores para as
partidas, e era sempre agradável, os gritos de vibrações a favor e contra, os
xingamentos, tudo divertia.
No colégio,
sempre íamos assistir as copas estudantis; na classe sempre tinha um ou dois
jogadores, lembro muito de Jaime, que era artilheiro e excelente colega;
ensinou física pra Ana Angélica, vai ver usava tais conhecimentos no campo. Uma
vez, no Centro Esportivo, deu-se uma batalha de ovos entre nosso colégio e uma
outra escola, ovos eram jogados em nossa arquibancada; em outro jogo, esse
feminino, as meninas xingavam uma das adversárias de “bunda de velha”.
Em época de
copa do mundo, o mais legal é a reunião de amigos, e talvez seja essa a única
ocasião que eu goste de jogos televisionados, mais pela reunião das pessoas que
pelo jogo em si; mas sim, chego a vibrar. De resto, me enche o saco, só não enche mais que os comentários de seus fanáticos, ponto!
Tudo em demasia é ruim... Eu também adorava participar de campeonatos (mesmo sendo um péssimo jogador só nos esportes com bola) e gritar na torcida... Infelizmente chegou o fanatismo e a falta de respeito... Acabou a diversão.
ResponderExcluirFutebol é um assunto que gera conflitos em todos os aspectos: social, afetivo e até físico, esse então, é punk rsrsrs mas eu concordo com vc, na questão da energia positiva da reunião, da vibração das pessoas por um mesmo objetivo . Já curti mta copa do mundo com amigos. Bjks
ResponderExcluirGina Guimaraes
Eu costumo dizer que o futebol morreu, hoje o que se vê é um mercado de pernas habilidosas de um lado, e um bando de alienado torcendo como se fossem as batalhas de gladiadores da Roma antiga e depois se encontram pra comemorar brindando com socos e pontapés que pode ser distribuido entre si ou com os adversários...
ResponderExcluirDeixando de lado isso é bacana demais ver as suas observações de fatos da vida... como o futebol faz parte você expressou maravilhosamente bem como sempre faz...
smepre adoro suas histórias mesmo as lendo de vez enquando e assim leio as ainda não lidas. Abraços - Frávia
ResponderExcluirAi Djair, vc me diverte com suas lembranças... Sinto a mesma apatia por futebol, às vezes, tento torcer para algum time, Corint... (é melhor ficar quieta) rsrsrsrs, porém nada apaixonante, nada que me inquiete. Gosto de assistir aos jogos da Copa, principalmente qd Brasil está na final. Quanto ao Jaime, tenho muitas saudades, principalmente, devo-lhe gratidão por permitir que eu passasse de ano ao me inculcar noções de física. Ano cão, diga-se de passagem, onde o Sr Igor (menino veneno) conduzia a turma com mãos de ferro e movimentos retrógrados. Bjs
ResponderExcluirAna Angélica
Acho uma chatice futebol, me dá um sono assistir na TV e qdo. fui à uma partida no Morumbi prestava atenção a tudo menos no jogo e fiquei frustada porque ao vivo não tem replay e não pude ver o gols rsrsrsrsrs
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