Alguns colegas ao tomar conhecimento de minha participação no Projeto Classe Hospitar, tem perguntado a respeito do mesmo, então narro abaixo um pequeno panorama no qual tento mostrar um pouco deste universo.
No 9º andar do Hospital São Paulo, mais especificamente na Ala Pediátrica, funciona a Classe Hospitalar, que é um dos projetos de humanização da pediatria do Hospital Universitário, da Universidade Federal de São Paulo. O projeto que também é desenvolvido em outros hospitais cidade a fora, país a dentro, faz valer a legislação brasileira que reconhece o direito á continuidade de escolarização para crianças e adolescentes hospitalizados.
Considerada como espaço não-formal de educação*, a Classe Hospitalar é um espaço pedagógico dentro de um hospital, com propostas educativo-escolares para crianças e adolescentes, que objetiva experiências e vivências de aprendizagem; fortalecimento e manutenção de vínculos escolares, para isso procura manter o elo entre o aluno e sua escola de origem; favorecer a reinserção escolar após a hospitalização, o que contribui efetivamente contra a evasão escolar.
Fávero
Mais que um espaço lúdico, a classe hospitalar propicia integração social e inclusão sócio-educacional, desenvolvendo projetos pedagógicos nas áreas de linguagem oral e escrita, raciocínio lógico, desenvolvimento cognitivo, apoiando a reintegração escolar, enfatizando a cultura nacional. O projeto conta com pedagogos, professores, médicos, enfermeiros, bibliotecários e outros profissionais em seu núcleo de apoio à saúde fisica, e ao desenvolvimento educacional e cultural. Isso respeitando potencialidades e limitações, adequando-se ao seu ritmo próprio de desenvolvimento da criança e resgatando o fortalecimento do vinculo afetivo, independente do tempo em que esta permaneça hospitalizada.
O atendimento, após uma primeira abordagem/entrevista com a criança e familiares, é realizado de forma sistemática e individual ou em conjunto a depender do estado fisíco/mental e desenvolvimento escolar ,em uma sala própria ou, quando se faz necessário, no leito. O espaço fisíco conta com mobiliario adequado, livros, tv e vídeo como suporte às atividades, que sempre tem uma temática a ser desenvolvida, sejam desenhos, modelagem ou redações, tomando base em uma atividade anterior, como filmes sobre culturas diversas, ou leitura/narrativa de obra literária.
No Brasil, a primeira Classe Hospitalar surgiu na cidade do Rio de Janeiro, no início da década 1950, no Hospital Municipal Jesus, tornando-se referência nacional no âmbito da educação especial transitória por manter suas atividades em funcionamento ininterruptamente até os dias de hoje.
Maiores informações:
http://www.unifesp.br/spdm/hsp/humaniza/p35.htm
Constituição Federal de 1988 – lei 8060/90 do Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente . Resolução 41/95
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LBD. nº9.394 de 20 de dezembro de 1996.
http://blogs.abril.com.br/professorabia/2009/02/classe-hospitalar-ha-espaco-para-professor-no-hospital-ao-abrir-porta-enfermaria-ja-foi-possivel-avistar-juliana-9.html
FÁVERO, O. Tipologia da educação extra-escolar. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, Instituto de Estudos Avançados em Educação, 1980. P.23
Foto: Ana Carolina Bracht M. Souza
Exposição de trabalhos feitos por alunos e mães, na biblioteca central da Unifesp.
Considerada como espaço não-formal de educação*, a Classe Hospitalar é um espaço pedagógico dentro de um hospital, com propostas educativo-escolares para crianças e adolescentes, que objetiva experiências e vivências de aprendizagem; fortalecimento e manutenção de vínculos escolares, para isso procura manter o elo entre o aluno e sua escola de origem; favorecer a reinserção escolar após a hospitalização, o que contribui efetivamente contra a evasão escolar.
* “a educação não-formal abrange qualquer tentativa educacional
organizada e sistemática que se realiza fora dos quadros do
sistema formal (de ensino), para fornecer(...) aprendizagem.”
organizada e sistemática que se realiza fora dos quadros do
sistema formal (de ensino), para fornecer(...) aprendizagem.”
Fávero
Mais que um espaço lúdico, a classe hospitalar propicia integração social e inclusão sócio-educacional, desenvolvendo projetos pedagógicos nas áreas de linguagem oral e escrita, raciocínio lógico, desenvolvimento cognitivo, apoiando a reintegração escolar, enfatizando a cultura nacional. O projeto conta com pedagogos, professores, médicos, enfermeiros, bibliotecários e outros profissionais em seu núcleo de apoio à saúde fisica, e ao desenvolvimento educacional e cultural. Isso respeitando potencialidades e limitações, adequando-se ao seu ritmo próprio de desenvolvimento da criança e resgatando o fortalecimento do vinculo afetivo, independente do tempo em que esta permaneça hospitalizada.
O atendimento, após uma primeira abordagem/entrevista com a criança e familiares, é realizado de forma sistemática e individual ou em conjunto a depender do estado fisíco/mental e desenvolvimento escolar ,em uma sala própria ou, quando se faz necessário, no leito. O espaço fisíco conta com mobiliario adequado, livros, tv e vídeo como suporte às atividades, que sempre tem uma temática a ser desenvolvida, sejam desenhos, modelagem ou redações, tomando base em uma atividade anterior, como filmes sobre culturas diversas, ou leitura/narrativa de obra literária.
No Brasil, a primeira Classe Hospitalar surgiu na cidade do Rio de Janeiro, no início da década 1950, no Hospital Municipal Jesus, tornando-se referência nacional no âmbito da educação especial transitória por manter suas atividades em funcionamento ininterruptamente até os dias de hoje.
Maiores informações:
http://www.unifesp.br/spdm/hsp/humaniza/p35.htm
Constituição Federal de 1988 – lei 8060/90 do Conselho Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente . Resolução 41/95
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LBD. nº9.394 de 20 de dezembro de 1996.
http://blogs.abril.com.br/professorabia/2009/02/classe-hospitalar-ha-espaco-para-professor-no-hospital-ao-abrir-porta-enfermaria-ja-foi-possivel-avistar-juliana-9.html
FÁVERO, O. Tipologia da educação extra-escolar. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, Instituto de Estudos Avançados em Educação, 1980. P.23
Foto: Ana Carolina Bracht M. Souza
Exposição de trabalhos feitos por alunos e mães, na biblioteca central da Unifesp.
Esse programa é muito massa Djair! Bela resenha. =)
ResponderExcluirPenso nessa outra possibilidade de educação_além do deslocamento espacial e as suas ressonâncias na vida dos que nele interagem_ como um campo de pesquisa promissor que poderá estabelecer diálogos com as "velhas formas" pedagógicas. Talvez pudéssemos mostrar que, em certos casos, quem está doente é a escola e não há remédio mais eficaz que uma boa dose de amor... é essa educação amorosa que vejo em trabalhos como esse em tela.Parabéns pelo texto e pela sua agência cidadã.
ResponderExcluirSua resenha já está no Espaço Colaborativo da BV UNIFESP. Depois da uma passada lá, não posso por links aqui =(
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